Lição 31º

 

 

 

 

 

 

 

Sentimento de competência pessoal

 

É a convicção de que está o suficientemente capacitado e preparado para poder fazer frente a qualquer situação que nos apresente, ainda que seja imprevista. É a convicção de que, ainda que não se conheçam todas as respostas, algumas delas podemos buscá-las e encontrá-las. É uma “sensação de poder” que se consegue dos próprios conhecimentos e experiências positivas.

O filho adquire este sentimento de poder quando aprende a resolver ele sozinho o maior número de problemas e conflitos que lhe apresente. São as conseqüências de tomar decisões que o levam a resultados satisfatórios, de averiguar aonde encontrar os recursos que necessita, de aprender a utilizar-los, de como conseguir as informações necessárias e de como fazer bom uso delas.

Temos que ter cuidado de não proteger demais os filhos em situações conflitantes. Temos que animá-los a enfrentar os riscos racionalmente e a superar a si mesmo. Freqüentemente, dos pais depende muito que os filhos consigam tornarem-se independentes o antes possível.

Um caminho desafortunado muito usual é de não preocupar-se ou não ter interesse no que faz o filho e abandoná-lo a sua própria iniciativa; outro é o de sub-proteger demais, sem fazer-lo sentir o necessário afeto, apoio moral, reconhecimento e feedback que lhe permitam enfrentar a possíveis erros como parte do aprendizado em lugar de considerá-los como fracassos.

Uma grande parte dos filhos, os mais débeis, renuncia e perde interesse. Outros, os mais dotados chegam a motivar-se ainda que desenvolvam um sistema de sobrevivência até a separação e a renuncia a colaboração e apoio dos demais.

Um terceiro caminho, igualmente negativo, é o de pretender dos filhos objetivos e tarefas que ultrapassam sua capacidade. Freqüentemente os pais que têm estas exigências nem sequer estão disponíveis para ajudar a seus filhos no cumprimento destes objetivos.

Existe um caminho que permite o pleno desenvolvimento da competência, segurança, motivação e auto-conceito do filho. Também neste caso há vários caminhos para os pais. Um é encorajar fazendo-se ver que está capacitado para aprender e atuar da forma correta se o propõe. Apóiam-lhe, dão-lhe retro alimentação e lhe animam.

O filho sente-se capaz e independente, mas sabe que se pede apoio de seus pais, eles estão dispostos a ajudar-lhe em qualquer momento que o peça.

Aprender a pedir é outro fator de crescimento. É necessário saber dizer não, se pensamos que é o melhor para o filho. Se é o caso, temos que fazer-lo de forma aberta e alegar razões concretas com um diálogo para que ele o compreenda. Assim o filho comprova o apoio e confiança nele e em suas capacidades por parte dos pais.

Uma vez que o filho haja terminado a tarefa, é importante comprovar que está terminada e bem feita, e reconhecer o esforço, a boa vontade e a habilidade demonstrada; sempre tem algum detalhe em que poderá concentrar-se para fazer este esforço mais eficaz.

Como conseqüência, o filho se sentirá orgulhoso pelo trabalho bem feito. Reconhecerá o valor de terminar uma tarefa. Tudo isto lhe causará:

• Um auto-conceito mais positivo.

• Motivação para pôr novos objetivos, já que tem dado conta de que está em condição de enfrentar e solucionar problemas.

• A capacidade de reconhecer e utilizar os meios e recursos à disposição de uma forma mais eficaz.

• Ter uma nova prova de que tem o apoio moral e a confiança dos pais quando os necessite.

• Uma maior segurança em si mesmo como pessoa e como membro do grupo a que pertence.

• Um bom desenvolvimento de seu sentido de competência pessoal e se sentirá motivado a voltar a começar cada dia o processo, sem medo de falhar. Já que tenha sido capaz de resolver um problema, falhar em uma nova ocasião não seria tão ameaçador para seu próprio auto-conceito e menos ainda de agora em diante.

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