Lição

 

 

 

 

 

 

 

Elementos ligados à auto-estima (Juan Eric)

 

Segundo o sugerido pelo autor Mauro Rodriguez, os componentes à auto-estima são diversos, por ele foi sintetizado em três essenciais, que são:

• O auto-conceito;
• O auto-respeito;
• O auto-conhecimento.

Conhecer cada um dos componentes à auto-estima nos permitirá, sem dúvida, entender melhor seu desenvolvimento e reconhecer a importância dela em nossa vida cotidiana.

Certo que a auto-estima, afeta todo o comportamento humano e recebe influências determinantes desde a infância até o último momento da vida; é indispensável identificar seus componentes, para assim elaborar estratégia que nos levem a fortalecê-la e mantê-la em estado elevado.

Com esta, busca-se o núcleo da auto-estima e sua influência transcendente no desenvolvimento pessoal; a partir da identificação de seus componentes, com o fim primordial de que se avance na compreensão deste que até hoje nos resultará tão desconhecido: si mesmo.


Auto-conceito

O auto-conceito é a opinião ou impressão que a gente tem de si mesma, é sua “identidade hipotetizada”, a qual se desenvolve ao longo e muitos anos. O auto-conceito, é o conjunto de percepções cognoscitivas e atitudes que nós temos em torno de si mesmo.

O auto-conceito é multidimensional, e cada uma de suas dimensões explica funções diferentes. Uma pessoa pode qualificar-se como marido ou esposa, como profissional, como líder comunitário, como parente e amigo, e assim sucessivamente. Estes aspectos diferentes do eu descrevem a personalidade total.

Os indivíduos podem ter auto-conceitos diferentes, que trocam de vez em quando, que podem ser ou não, retratos fiéis deles mesmos. Os auto-conceitos se elaboram constantemente, dependendo das circunstâncias e das relações confrontadas pelo indivíduo.

Os achados empíricos têm revelado que a diferenciação do eu, aumenta com a idade. As contradições e o conflito interno, são menores no início da adolescência, alcançam um ponto máximo na metade da etapa adolescente e no final começa a declinar. Durante a adolescência média, os jovens desenvolvem a capacidade de comparar, mas não de resolver atributos contraditórios do eu.

Ao final da adolescência aparece a capacidade de coordenar, resolver e normalizar os atributos contraditórios, e se reduz a experiência do conflito sobre o tipo de gente que a pessoa realmente quer ser.

Há vários anos (1950), afirmou-se que a personalidade tem certa estabilidade, mas que nunca permanece exatamente igual, sempre está em transição, passando por revisões. Allport, utilizou o termo “propium”, que se define como “Todo os aspectos da personalidade, que compõe a unidade interna”. Isto para referir-se a identidade pessoal, ao eu, que se desenvolve com o transcorrer do tempo.

Ruth Strang (1957) identificou quatro dimensões básicas do eu:

Primeiro – Um auto-conceito geral, que consiste na percepção global que o adolescente tem de suas capacidades e seu status, e da relação ao mundo externo.

Segundo – Auto-conceito temporal ou mutável, influenciados pelas experiências atuais; por exemplo, um comentário crítico de um professor, pode produzir um sentimento temporal de desprezo.

Terceiro – Os adolescentes têm um eu social, seu eu, nas relações com os demais, e o eu a que outros reagem. Com dizia um adolescente: “eu gosto da forma que a pessoa me responde, faz com que me sinta bem comigo mesmo”. Alguns adolescentes pensam em si mesmos somente de maneira negativa, porque crêem que não agradam aos demais. Uma influência importante sobre o auto-conceito, é a forma em que se sentem os adolescentes nos grupos sociais.

Quarto – Aos adolescentes os gostariam ser o eu ideal que têm conceitualizados. Essas imagens projetadas podem ser realistas ou não; imaginar ser o que nunca serão, pode conduzir-los a frustração e ao desencanto. Em outras ocasiões os adolescentes projetam uma imagem idealizada e logo se esforçam por converter-se nesta pessoa. Quem desfruta de uma melhor saúde emocional, acostuma ser aqueles cujo eu real, se aproxima ao eu ideal projetado e que pode aceitar-se como são.

O auto-conceito está formado por vários níveis:

Nível cognitivo – intelectual: constitui as idéias, opiniões, crenças, percepções e o processamento da informação exterior. Baseamos nosso auto-conceito em experiências passadas, crenças e convencimento sobre nossa pessoa.

Nível emocional afetivo: é um juízo de valor sobre nossas qualidades pessoais. Implicam um sentimento do agradável ou desagradável que vemos em nós.

Nível de conduta: é a decisão de atuar, de levar a prática um comportamento conseqüente.

Os fatores que determinam o auto-conceito são os seguintes:

A atitude ou motivação: é a tendência a reagir diante a uma situação após avaliá-la positiva ou negativa. É a causa que impulsiona a atuar, portanto, será importante considerar os porquês de nossas ações, para não deixarmos levar simplesmente pela inércia ou pela ansiedade.

O esquema corporal: supõe a idéia que tenhamos de nosso corpo a partir das sensações e estímulos. Esta imagem está muito relacionada e influenciada pelas relações sociais, as modas ou sentimentos sobre nós mesmos.

As aptidões: são as capacidades que possui uma pessoa para realizar algo adequadamente (inteligência, razão, habilidades, etc.).

Valorização externa: é a consideração ou apreciação que fazem as demais pessoas sobre nós. São os esforços sociais, afago, contato físico, expressões gestuais, reconhecimento social, etc.

..

 

 
     

Lição anterior

 

Lição seguinte