Lição 18: Diferenciação e segmentação

 

 

 

 

 

   

Falando em diferenciação, é preciso distinguir o conceito de segmentação. Diferenciação refere-se à forma como a empresa compete no mercado, enquanto a segmentação refere-se ao mercado onde compete a empresa, com todas as suas características em relação ao tipo de cliente, localização, etc.

Nós podemos segmentar o mercado se as suas características permitem dividi-lo em diferentes grupos, por exemplo, pela idade, gostos, etc; ou seja , porque sua demanda é diferente. Portanto, a estrutura do mercado será a que vai delimitar a possibilidade de segmentá-lo. A d iferenciação é a opção da empresa, que poderá decidir a posição em um mercado, ou parte específica do mesmo, dependendo das características da demanda, para oferecer um produto/serviço adequado às características da clientela. É uma decisão estratégica.

Mas devemos esclarecer que a diferenciação não implica necessariamente a segmentação, pois isso vai depender da estratégia de diferenciação que a empresa decida seguir. Deste modo,

- em mercados massivos, considera-se que há características comuns entre os diferentes clientes.

- Em mercados seletivos, considera-se que a própria natureza dos clientes cria diferentes grupos de clientes.

 ANEXO 6 .- O PETRÓLEO NA BOLÍVIA

Desde o anúncio da candidatura de Evo Morales à presidência da Bolívia já eram pressagiadas as notícias. Uma vez declarado elegível, apresentou o seu programa de governo com um eixo principal e imóvel. E quando chegou ao poder (talvez o fato de que as pessoas se identificam com um indígena como presidente foi a sua grande vantagem que fez possível que ele chegasse ao poder), executou a ação.

Em 1 de Maio de 2006, coincidindo com o Dia do Trabalho, Evo Morales manteve sua palavra e assinou o decreto que nacionaliza o petróleo da Bolívia e dá ao Estado o seu "total controle". As Forças Armadas controlam os oleodutos e gasodutos e refinarias, incluindo a espanhola Repsol YPF e a Petrobras do Brasil. As empresas estrangeiras que operam na Bolívia deverão entregar toda sua produção à YPFB (a companhia estatal de petróleo) e assinar em menos de 180 dias novos contratos.

Evo Morales considera nulos os contratos em curso, porque não foram ratificados no seu dia pelo Congresso, conforme é exigido pela Constituição. Esses contratos de Risco Compartilhado entre as multinacionais e o Estado concederam a propriedade dos hidrocarbonetos na boca de poço às empresas durante o primeiro governo de Sánchez de Lozada (agosto 1993 a agosto de 1997). Lozada também promulgou a Lei de Capitalização (Março de 1994), segundo a qual a YPFB "praticamente desapareceu e ficou nas mãos das multinacionais que, até agora, tem controlado as riquezas de hidrocarbonetos da Bolívia", disse o atual presidente. Mas tudo isso cai em saco roto, em 1 de Maio.

Que o petróleo é um bem escasso no mundo de hoje é óbvio. Que o petróleo move a economia mundial e cambalea os mercados bolsistas é inegável. Que ele constitui uma vantagem competitiva para um país que o possua não tem discussão. É por isso que a Bolívia, que segundo dizem é o país mais pobre da América do Sul, quer usar seus recursos para ter sucesso. É um país pobre, mas tem um recurso estratégico que lhe dá vantagem competitiva: o petróleo.