Quando chega o momento no qual a empresa consegue obter a vantagem competitiva que coloque seus níveis de rentabilidade acima dos seus concorrentes, é o momento para eles tentarem derrubar a vantagem colhida. Devem ir limando esta diferença, o qual não é fácil e leva muito tempo. Mas podemos dizer que isto depende da estratégia seguida, e que pode tomar dois caminhos principais: a imitação e a inovação.
A imitação é a forma mais simples para uma empresa de igualar a vantagem, embora seja necessário dizer que, se uma vantagem competitiva for imitável, não supõe muita vantagem para a empresa que a possui; ou seja, tem data de validade. Em relação à inovação, dependerá, como discutido anteriormente, dos recursos e capacidades da empresa.
Mas, como a habilidade de imitar poderia ser relativamente simples, a empresa líder, ou seja, a que tem a vantagem competitiva em seu favor, deve evitar a imitação, que é o caminho mais directo para as empresas seguidoras competirem. E o fato de evitar a imitação é o que Rumelt chama mecanismos de isolamento , as barreiras à imitação que, quanto mais eficientes forem, maior será a duração da vantagem competitiva para a empresa líder. E para entender essas barreiras à imitação é preciso verificar o processo de imitação da concorrência, um processo que, para ter sucesso, deverá ter presente as seguintes considerações:
• Identificação . - A empresa deve entender que seu concorrente tem uma vantagem competitiva que a torna superior.
• Incentivo. - o entendemos no sentido competitivo, de superação do rendimento médio, como já faz a empresa líder.
• Diagnóstico. - análise profunda da estratégia seguida pela empresa líder e que faz com que ela tenha a vantagem competitiva em seu favor.
• Aquisição de recursos. - para imitar à empresa, é preciso ter, pelo menos, os seus mesmos recursos.
Nas seções seguintes detalharemos cada um desses mecanismos de isolamento com os quais pode se evitar que a concorrência imite facilmente uma vantagem competitiva.
