Comércio
exterior
.
Hoje em
dia dificilmente pode um país viver fechado ao exterior, pois
isto lhe obrigaria a ter que produzir tudo aquilo que necessita: alimentos,
energia, qualquer produto (desde a lavadora até o automóvel,
passando pelos computadores, etc.).
Porém,
existem ainda alguns exemplos de economias fechadas (Coréia
do Norte, Cuba, antes Iraque, etc.)
O normal
é que os países estabeleçam relações
comerciais com o resto do mundo, originando-se um fluxo de exportações
(vendas de bens e serviços do país ao resto do mundo)
e de importações (compras de bens e serviços
que realiza o país ao resto do mundo).
Obstáculos
no livre comercio
Na prática,
é corrente que os países estabeleçam diversas
medidas encaminhadas a defender a indústria nacional (indústrias
nascentes ou indústrias consideradas estratégicas),
que dificultam o desenvolvimento do comércio exterior.
Os impostos
alfandegários:
impostos sobre os produtos importados que os encareçam e os
façam menos competitivos em comparação com os
produtos nacionais .
Contingentes
à importação:
limita a quantidade que pode ser importada de um produto durante um
tempo determinado.
Por exemplo:
Portugal estabelece um limite à importação
de automóveis coreanos em 5000 unidades ao ano.
Barreiras
sem impostos alfandegários:
inclui procedimentos alfandegários complexos e custosos (em
resumo, dissuasórios); normas de qualidade e sanitárias
muito estritas para poder introduzir um produto; subvenções
aos fabricantes nacionais para que possam produzir a preços
mais baixos, fazendo seus produtos mais competitivos em prejuízo
do produto importado. o internacional permite que os países
melhorem seu nível de bem-estar.
Distintas
teorias têm tratado de explicar o porquê os países
tendem a especializar-se na fabricação de uma série
de produtos determinados, exportando o excedente que não necessitam
e com os ingressos gerados importam aqueles que não produzem.
Teoria da vantagem absoluta: cada país se especializa em tudo
aquilo que obtém ou produz de una maneira mais eficiente que
o resto do mundo:
Vamos ver
um exemplo: vamo-nos a centrar na produção de dois produtos:
o sapato e os móveis.
Suponhamos
que Espanha precisa de 1 hora para fabricar um sapato e 4 horas
para fabricar um móvel, enquanto que França necessita
2 horas para fabricar um sapato e 3 para fabricar um móvel.
O que
acontecerá? Então, que Espanha se especializará
na fabricação de sapatos (pois, o faz melhor que França),
enquanto que França se especializará na fabricação
de móveis (o faz melhor que Espanha).
Espanha
venderá sapatos a França e lhe comprará móveis.
Teoria
da vantagem relativa: cada país se especializará em
aquilo que produz de maneira mais eficiente entre as distintas alternativas
de produção que tenha.
Imaginemos
agora que Espanha necessita 1 hora para fabricar um sapato e 3 horas
para fabricar um móvel, enquanto que França precisa
2 horas para fabricar um sapato e 4 para fabricar um móvel.
Neste
caso Espanha teria vantagem absoluta respeito a França em
ambos os produtos. Mas, analisemos o custo de oportunidade:
Vejamos
a situação de Espanha:
Se fabrica
1 sapato (1 hora) deixará de produzir 0.33 móveis
(cada móvel necessita 3 horas), logo o custo relativo é:
1 sapato = 0.33 móveis.
Por outro
lado, se fabrica 1 móvel deixará de produzir 3 sapatos,
então o custo relativo é: 1 móvel = 3 sapatos.
Vejamos
agora a situação de França:
Se fabrica 1 sapato (2 horas) deixará de produzir 0.5 móveis
(cada móvel necessita 4 horas). O custo relativo é
1 sapato = 0.5 móveis.
Se comparamos
a situação de ambos os países, Espanha tem
vantagem comparativa frente a França na fabricação
de sapatos (0.33 móveis vs 0.5 em França), enquanto
que França tem a vantagem comparativa na fabricação
de móveis (2 sapatos vs 3 em Espanha).
Esta
situação levará a que Espanha se especialize
na fabricação de sapatos e França na fabricação
de móveis.
Espanha
comprará móveis a França sempre que por estes
tenha que pagar menos de 3 sapatos (no caso contrário lhe
interessaria produzir seus próprios móveis), enquanto
que França venderá sempre móveis que lhe dêem
mais de 2 sapatos (no caso contrário, lhe interessaria produzir
menos móveis e dedicar esse tempo a produzir seus próprios
sapatos).
Portanto,
o comercio exterior entre estes dois países se desenvolverá
quando para comprar um móvel tenha que entregar mais de dois
sapatos, porém menos de 3.
.