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CASO PRÁTICO DE ESTRATÉGIA DE ÊXITO
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Para que vejamos claramente o conceito de quais são as condições
para conseguir o êxito de uma estratégia, nos baseamos
no mundo do esporte e, mais especificamente, no futebol. Vitor Borba
Ferreira, mais conhecido por Rivaldo, (19/4/1972) é uma das
grandes estrelas que deu o futebol nos últimos anos. Nele,
destacamos sua elegância, sua qualidade, sua magia, mas pouco
se conhece sobre como chegou Rivaldo a ser uma estrela e quais foram
os motivos que lhe levaram a deixar tudo para destacar num mundo tão
competitivo como este.
O líder
de um Brasil que não quis fracassar. Rivaldo nasceu no dia
19 de Abril de 1972 em Paulista, situado na região metropolitana
do Recife, estado de Pernambuco. Ele é o paradigma do jogador
de futebol criado entre escombros e pobreza. Rivaldo, como outros,
seguiu o caminho habitual no subúrbio desta parte do mundo:
família pobre, postergações, jogar futebol na
favela onde podia, talento em sua máxima expressão,
aparição rápida no futebol e um imediato futuro
de consagração.
Sua família
vivia na mais absoluta pobreza. Quando ele era criança, tiveram
que lhe arrancar os dentes porque tinham se estragado por causa da
desnutrição. Andava descalço ou com uns tênis
velhos porque não tinha condições para mais.
Para sobreviver, ele tinha que ir às praias de Recife vender
o que pudesse: bonés, sorvetes, ostras, etc. Rivaldo estava
convencido que o futebol o iria tirar da miséria, a ele e a
toda sua família. Ele tinha certeza absoluta disso. Este lutador,
admirador de Zico, caminhava ás vezes 25 km a pé para
treinar no Santa Cruz, uns dos três times mais importantes do
Recife, porque muitas vezes não tinha sequer para pagar a passagem
de ônibus. Pouco a pouco, Rivaldo foi destacando em todas as
equipes nas que jogava e sua técnica impecável, chamativa,
começou aparecer com naturalidade. Logo que virou adolescente,
sofreu um golpe emocional muito forte que quebrou sua alma no primeiro
momento, mas que depois o fez mais resistente, mais duro: seu pai
faleceu atropelado por um ônibus.
Do mesmo
jeito que Pelé e que Ronaldo, Rivaldo teve uma educação
modesta. Mas, ao contrario que outros famosos colegas brasileiros,
este meio-campista e às vezes também atacante não
chegou a fazer sucesso mesmo desde o começo de sua carreira.
Formado no Paulista, em 1991 passou para o Santa Cruz, onde assinou
o seu primeiro contrato como profissional. Depois de passar por Mogi-Mirim,
em 1993 assinou contrato com o Corinthians, onde marcou onze gols
em 19 partidas. Nem sequer levava um ano no novo clube, quando foi
transferido ao clássico rival, o Palmeiras, com quem ganhou
o campeonato Brasileiro (Brasileirão) em 1994.
No final
dos jogos olímpicos de Atlanta 96 onde Brasil conseguiu ganhar
a medalha de bronze, Rivaldo foi transpassado para o Deportivo de
La Coruña. Aquele ano com o Depor (como é conhecido
por seus torcedores) ele fez muito sucesso: marcou 21 gols e se transformou
no jogador preferido da torcida. No entanto, somente permaneceu uma
temporada em Galizia: Barcelona pagou sua cláusula de rescisão
do contrato por quase 30 milhões de dólares. Assim,
Catalunha foi o topo em sua carreira futebolística: ganhou
duas ligas espanholas, a Copa do Rei, a Supercopa da Espanha, e, no
lado pessoal, se levou o Balão de Ouro como melhor jogador
de futebol da Europa em 1999. Esse ano foi o mais produtivo de sua
carreira: também ganhou a Copa América junto com Ronaldo.
Mesmo assim,
nunca lhe resultou fácil se destacar na seleção
brasileira. Rivaldo jogou seu primeiro partido internacional em Dezembro
de 1993, mas para sua decepção não foi convocado
para jogar na Copa do Mundo de Estados Unidos em 1994. Foi o momento
mais difícil que passei em minha carreira como jogador de futebol.
Senti que tinham tirado uma parte de mim , falou após da final
que Brasil ganhou a Itália por pênaltis.
Na Copa
América do ano 1995 em Uruguai tampouco foi chamado. Recém
foi convocado em 1996 para os jogos olímpicos de Atlanta. Muita
gente, o fizeram responsável da eliminação em
semifinais ante Nigéria e não foi chamado de volta até
Dezembro de 1997. Na Copa da França, apesar de Brasil ter perdido
da França a final, Rivaldo foi uns dos melhores jogadores do
Brasil em dita Copa. Inclusive a FIFA o incluiu na Equipe das Estrelas
dessa competição.
Está casado e tem dois filhos, Rivaldinho e Tamiris E entre
suas particularidades se encontra a de um homem profundamente religioso:
sua leitura preferida é a Bíblia e antes das partidas
costuma rezar para que ninguém se lesione. Além do mais
tem uma fundação no Brasil e na Espanha dedicada a apadrinhar
meninos carentes.
Apesar
de ser um jogador de futebol muitas vezes mágico sobre o campo
de jogo, Rivaldo não costuma facilitar o trabalho dos treinadores.
Algumas pessoas comentam que ele gosta de passar muito tempo com a
bola nos pés num partido, que é demasiado individualista
e que foge do treinamento físico. Com Rivaldo presente sempre
há espaço para a polêmica. Tomara que Brasil pudesse
ter muitos mais Rivaldos. Desta maneira tudo resultaria mais simples
e bonito , falou recentemente Pelé. É um jogador de
futebol que só joga para ele e não para a equipe. Muitas
vezes desaparece nos momentos nos que a equipe precisa. Não
tem compromisso nenhum , disse Johan Cruyff, quem a cada crise do
Barcelona na aquela época, costumava apontar ao pernambucano
como responsável principal da mesma. Rivaldo é um jogador
muito importante para nossa seleção. É a fonte
inevitável de inspiração que toda equipe deve
ter , admitiu o treinador do Brasil, o rigoroso e sempre tático
Luis Felipe Scolari. Aquele homem do passado com pés descalços
nem dá a mínima sobre a discussão que o tem como
alvo. Ele sempre procura jogar e na sua cabeça somente espera
que aconteça coisas boas. FONTE: http://www.superfutbol.com.ar/jugadores/RivaldoBrasil.htm
É
por isto que consideramos que Rivaldo cumpre perfeitamente as condições
de êxito de uma estratégia, e assim seu exemplo nos serve
como referência para entender do que estamos falando pelo fato
de ser uma pessoa mundialmente reconhecida.
1.- Objetivos
simples, coerentes e ao longo prazo
Tirar a
sua família da pobreza a partir do mundo do futebol. Em sua
adolescência estava convencido que sua técnica ia lhe
converter numa estrela mundial, o que lhe permitiria suficiência
econômica para o resto da sua vida. É uma estratégia
ao longo prazo, porque se considera este objetivo ainda sendo adolescente.
2.- Conhecimento
profundo do entorno competitivo
Como um
grande amante deste esporte, conhece onde deve destacar para lograr
seu objetivo. Ele tem claro que para ser uma estrela deverá
ressaltar entre as melhores equipes da Europa e ser além do
mais o líder da seleção brasileira. Rivaldo tem
marcado sua estratégia: sabe o que tem que fazer e onde.
3.- Valoração
objetiva dos recursos
Ele sabe
que tem alguma debilidade física, mas não a faz ver
aos empresários de jogadores. Para destacar no Brasil, aposta
por sua técnica impecável, muito chamativa para o público,
o conhecido por futebol-samba . Sabe muito bem que na Europa, os grandes
clubes não só querem ganhar senão que seus torcedores
esperam que lhes dêem um bom espetáculo. E sabe perfeitamente
que o espetáculo é um autentico circo do futebol para
o desfrute do público.
4.- Implantação
efetiva
Rivaldo
soube implantar a estratégia que se marcou quando era adolescente
para tirar a sua família da pobreza. Sua motivação
e convencimento para implantar a estratégia lhe levaram a ser
considerado o melhor jogador do mundo do ano 1999, além de
passar pelos melhores clubes da Europa (F.C. Barcelona e A.C. Milan).
E o mais importante, Campeão do Mundo com a seleção
brasileira na Copa do Mundo Coréia-Japão do ano 2002.
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