Apresentação
É
oportuno que a pessoa responsável de levar o ato seja quem
se encarregue de apresentar ao orador, aportando alguns dados básicos
de sua biografia.
Dita
apresentação, sendo como é de esperar, elogiada,
não deve cair em exagerações que lhe restem
credibilidade.
“Tenho
o gosto de apresentar-lhes a D. Vitor Santana, autentico experto
na matéria, uma eminência mundial de prestigio reconhecido,
um farol que ilumina a caminho do progresso, claro exemplo do
saber fazer, um grande profissional, amigo de seus amigos, defensor
das causas justas... bla, bla, bla”.
Na apresentação
devemos facilitar unicamente aquela informação sobre
o orador que tenha relação com o tema que vamos tratar,
o que ajudará ao público a se situar.
Por
exemplo, se vamos falar sobre os transplantes de órgãos
resulta oportuno comentar a possível experiência
que tenha o orador neste terreno e não limitar-se simplesmente
em dizer que é médico.
Se o
orador recebeu prêmios importantes, reconhecimentos, etc.
que tenham relação com a matéria para abordar,
é conveniente oferecer esta informação para
que o público possa ter uma valoração mais
exata da pessoa que lhes vai falar.
Uma vez
que o orador toma a palavra, começará agradecendo
ao apresentador de forma simples suas palavras de elogio, olhando
para ele.
Por
exemplo: “muito obrigado, D. Roberto, por suas palavras
tão cordiais de boas-vindas”.
Devemos
evitar a falsa modéstia: “obrigado por essas palavras
tão imerecidas”
A continuação,
saudaremos ao público, tratando de abraçar com o olhar
toda a sala (se saudamos sem olhar a audiência enquanto ajeitamos
as notas de apoio, resultará uma saudação bem
fria e meramente protocolada).
Temos
que evitar um comportamento muito típico que consiste em
subir ao palanque e tomar-se um tempo (que resulta uma eternidade)
em organizar as notas, o microfone, beber água, etc., sem
ter cumprimentado previamente (resulta pouco elegante).
Se ninguém
introduz ao orador, ele mesmo terá que fazê-lo.
Após
saudar ao público, a pessoa se apresentará aportando
alguns dados básicos de sua biografia (não se trata
de ler o currículo).
Por
exemplo, se vamos falar de política internacional, resulta
oportuno dizer que é professor de dita matéria em
tal universidade, ou que é membro do comitê de assuntos
exteriores de tal partido político, etc., o que não
vem no caso é dizer, por exemplo, que é sócio
fundador da torcida do Corinthians “gaviões da fiel”.
O
que não devemos fazer é mencionar os possíveis
diplomas, condecorações ou títulos que tínhamos
recebido, pois pode resultar pretensioso (colocando ao público
em contra).
“Sou
catedrático da Universidade Federal de Pernambuco, premio
extraordinário da minha carreira, tenho muitas publicações
em revistas cientificas muitos importantes, reconhecido internacional-mente...”.
Não
devemos esquecer que o público premia
a humildade e se chateia com a ostentação.