Lição 17

 


 

 

 

 

 

 

 

Voz

Durante a intervenção temos que cuidar a voz:

Uma voz monótona, desagradável, um volume baixo, etc. leva à audiência a desconectar.

Normalmente a pessoa não conhece sua própria voz, daí que se surpreenda quando se escuta numa gravação.

Ouvir-se numa gravação é muito útil, pois permite se familiarizar com a voz, ouvi-la como a ouvem os demais. É a maneira de conhecer como soa, como resulta que defeitos tem que corrigir.

Dominar a voz só se consegue com ensaio:

Gravando o discurso e ouvindo-lo, o que permite detectar falhos (se fala muito rápido, não se vocaliza o suficiente, se falas muito baixo, se tende a unir as palavras, etc.) e poder tratar de corrigi-los.

Também é interessante perguntar-lhe alguém sua opinião.

Uma vez detectados os falhos trabalharemos sobre eles com vistas a melhorar a qualidade da voz.

Embora a voz seja difícil de mudar, podemos melhorar alguns defeitos que dificultam sua compreensão ou que a fazem pouco atrativa (uma voz nasal, uma voz excessivamente finca o ronca, etc.).

Temos que saber modular a voz: subir e baixar o volume, mudar o ritmo, acentuar as palavras; tudo isso ajuda a captar a atenção do público.

Temos que jogar com a voz para enfatizar os pontos importantes do discurso, destacar idéias, introduzir novos argumentos, contar anedotas, ressaltar as conclusões, etc.

Por exemplo, se realizamos uma afirmação temos que falar com determinação (voz firme, alta, sem hesitar); em outras partes do discurso (uma explicação, uma anedota, etc.) podemos utilizar um tom mais distendido, mais relaxado.

Temos que falar claro, esforçar-nos em vocalizar com maior precisão que de costume, reforçar os finais de palavras, etc.

Um aspecto que temos que cuidar especialmente é o volume:

Na vida cotidiana a pessoa costuma falar com pessoas muito próximas. O que determina que a pessoa se acostume a falar baixo.

Quando falamos em público temos que fazer um esforço por falar mais alto (aspecto que temos que cuidar nos ensaios).

Temos que conseguir que a voz chegue com claridade a toda a sala.

Um falho que cometemos quase sempre é começar as frases com um volume elevado e ir diminuindo-o na medida em que avançamos, de maneira que no final da frase parecesse como se não tivesse importância.

Nos ensaios temos que vigiar este problema e tratar de corrigi-lo.

Também é freqüente falar demasiado rápido, tendência que se intensifica quando falamos em público (devido aos nervos).

Dificulta a compreensão e projeta uma imagem de nervosismo.

Nos ensaios temos que olhar este aspecto. Falar devagar facilita a compreensão, projeta uma imagem de firmeza e ajuda a acalmar os nervos.

Temos que estar bastante atentos ao começo da intervenção: se começamos falando pausadamente é possível que consigamos manter esta linha ao longo de toda a intervenção.

Quando a audiência é medianamente numerosa (mais de 50 pessoas) é conveniente utilizar microfone, o que exige certa pratica:

O microfone temos que manter-lo sempre à mesma distância da boca (se o aproximamos ou se o distanciamos aparecerão oscilações).

Temos que ter certeza de que o volume do microfone é o adequado e que a voz chega com claridade a toda a sala (o melhor é perguntar ao público no começo da intervenção se escutam com claridade).

Se a pessoa fala baixo não deve recorrer a elevar o volume do microfone, senão que terá que se esforçar em falar mais alto.

Uma regra de ouro quando se fala em público é a naturalidade:

O público agradece a naturalidade e aborrece a afetação.

Se a pessoa tem acento não tem porque ocultar-lo (espontaneidade), mas tão pouco exagerá-lo (dificultaria a compreensão).