Lição 20

 


 

 

 

 

 

 

 

Linguagem corporal

Já comentamos em uma lição anterior que além de linguagem verbal, existe uma linguagem corporal (movimentos, gestos, atitudes, etc.) do que muitas vezes a pessoa não é consciente, nem sabe muito bem como funciona.

Através desta linguagem corporal, o orador transmite também mensagens: nervos, timidez, segurança, confiança, domínio, entusiasmo, dúvidas, etc.

Desde o momento no qual a pessoa entra ao cenário, o movimento das mãos, a expressão do rosto, a postura, os movimentos no palanque, o olhar, etc. Tudo isso transmite diversas mensagens.

O público as capta com total nitidez.

Às vezes pode acontecer que estas mensagens sejam contrarias ao que o orador está tratando de comunicar com a linguagem verbal.

Por exemplo, o presidente da companhia está dizendo a seus empregados que o que mais lhe preocupa é o bem-estar deles, mas em momento algum toma a moléstia de olhar-lhes ao rosto.

A melhor maneira de perceber esta linguagem corporal é gravando-se em vídeo.

Muitos ficariam surpresos: tics nervosos, mãos inquietas que não param de se mover, gesto contrariado, olhar para o teto, rigidez, etc.

Por tanto, dada a importância que tem na comunicação, é um aspecto que temos que trabalhar convenientemente nos ensaios.

Desde que a pessoa sobe ao palanque deve ser capaz de utilizar esta linguagem corporal em sentido positivo, facilitando a conexão com o público, reforçando sua imagem.

Temos que transmitir serenidade e naturalidade, evitando gestos, altitudes ou movimentos que resultem afetados.

Temos que subir ao palanque com segurança, com tranqüilidade (as presas denotam nervosismo e inseguridade).

Durante a intervenção é conveniente mover-se polo cenário, não ficar quieto, mas controlando os movimentos, evitando deambular sem sentido. A mobilidade rompe a monotonia e ajuda a captar a atenção do público.

Se o discurso é lido não cabe a possibilidade de movimento, mas sim devemos manter uma postura cômoda, erguida, embora natural, não forçada, sem se aferrar ao atril (sensação de inseguridade).

Se o orador está sentado tratará de se incorporar de maneira de poder realçar sua figura e não ficar perdido trás a mesa (para estabelecer uma comunicação com o público é fundamental o contato visual).

Se for possível (por exemplo, numa aula) é aconselhável mover-se entre o público, ajuda a romper as distâncias, transmitindo uma imagem de proximidade.

Temos que tratar de superar a timidez, transmite inseguridade e dificultar a conexão com o público.

Os gestos do rosto devem ser relaxados: um sorriso serve para ganhar ao público, enquanto que uma expressão crispada provoca rejeição.

O movimento das mãos deve estar ensaiado. Tão má impressão produz umas mãos que não param de mover-se, como umas mãos que ficam quietas.

Os movimentos devem ser sóbrios. As mãos se utilizarão para enfatizar aquilo que se está dizendo, de maneira que voz e gestos atuem coordenadamente, remarcando os pontos cruciais do discurso.

A própria situação do orador no cenário transmite também mensagens subliminais:

Em pé, no centro do cenário: autoridade.

Sentado, num lateral do cenário: atitude mais relaxada, menos solene.