Lição 22

 


 

 

 

 

 

 

 

Meios de apoio visual

O orador pode apoiar o discurso utilizando distintos meios visuais: quadro, slides, projetor, etc.

Servem para captar a atenção do público (rompem a monotonia).

Facilitam a compreensão.

Enriquecem a apresentação.

Ajudam a transmitir uma imagem de profissionalismo.

Dão segurança ao orador (conta com material de apoio).

O orador tem que saber quando e como utilizar estes meios visuais.

Podem servir de apoio ao discurso (ajudam a captar a atenção do público) ou podem impor um obstáculo (distraem).

Em seu uso deve priorizar a simplicidade:

Utiliza-se para esclarecer e fazer mais compreensível a exposição; isto só se consegue com imagens simples (se são complexas e difíceis de interpretar, em lugar de esclarecer, confundem mais).

Devem-se utilizar imagens a cores: permitem ressaltar o mais relevante, remarcar as diferencias e fazem que a imagem resulte mais atrativa.

Este material de apoio deve ser isso mesmo, um apoio ao discurso, e não se converter na base da apresentação.

Nos ensaios temos que recriar as condições que vamos desenvolver a intervenção.

O uso deste material de apoio requer uma prática que somente se consegue com ensaio.

Pode acontecer que o orador conte com material de apoio, e se sinta mais tranqüilo e isso lhe leve a desatender o ensaio: não podemos cair nesse erro.

Temos que ter prevista a possibilidade de que no momento da intervenção não funcione o projetor.

Para evitar uma situação tão difícil como esta (por remota que pareça), o orador, além de preparar o discurso contando com estes elementos de apoio, deve ensaiá-lo também sem ajuda dos mesmos.

Quer dizer, tem que estar preparado para, se for necessário, desenvolver seu discurso sem utilizar estes apoios visuais.

A tela ou quadro se situará no centro do cenário para facilitar sua visão a todos os ângulos.

Enquanto explica a imagem, o orador se situará do lado da tela para que o público possa lhe ver ao mesmo tempo em que segue a explicação, sem ter que estar olhando de um lugar para outro (poderia chegar a perder a atenção no orador).

O orador, enquanto explica a imagem, estará olhando ao público e não de costas contemplando o quadro ou a tela.

Se forem projetar slides ou se vão realizar demonstrações no quadro, devemos indicar ao público ao começo da intervenção que ao saírem vão receber cópia deste material.

Trata-se de evitar que se passem toda a sessão tomando apontes, pois isto lhes impediria prestar atenção.

Vejamos alguns elementos de apoio.

a) Quadro

Permite desenvolver uma explicação passo a passo.

Só se utilizará com grupos reduzidos (até 40 pessoas no máximo).

Quando se utiliza temos que ter em conta:

Escrever com letra clara e grande, que seja fácil de entender.

É conveniente utilizar varias cores: por exemplo, azul e vermelho (um para escrever e outro para sublinhar).

Enquanto se escreve, temos que situar-nos nas laterais para tapar o menos possível.

Uma vez que se termine de escrever, a pessoa se voltará rapidamente para o público, se colocando ao lado do quadro.

b) Slides

Entre suas vantagens podemos marcar:

Podem-se utilizar com públicos mais numerosos (70-100 pessoas).

A diferença do quadro permite ter o material já preparado.

Ao servir de apoio ao orador lhe ajuda a eliminar uma de suas principais preocupações (a possibilidade de ficar com a mente em branco).

Na preparação de slides deve primar a simplicidade, temos que ir “direto ao assunto”.

Somente se recolherão as idéias principais (máximo 3 / 4 linhas por slide), que o orador se encarregará de desenvolver.

O slide não é um resumo do discurso. Temos que evitar os slides complicados que não comunicam nada e só atrapalham na hora de lhes seguir.

Letra clara e grande, que seja de leitura fácil.

Utilizar cores para destacar as idéias principais.

Não se pode deixar de comentar nenhuma idéia que apareça no slide, pois se não automaticamente a atenção do público ficará nela (se existe uma coisa que não é importante é melhor eliminá-la do slide).

Se projetarmos um gráfico, temos que explicá-lo ao público que significa, como se interpreta (as vezes são difíceis de seguir).

Nos gráficos temos jogar com as escalas para ressaltar a mensagem que se quer transmitir.

Antes de começar a sessão temos que conhecer como funciona o projetor, comprovar que está bem enfocado e que os slides possam ver-se desde toda a sala.

O projetor se colocará de maneira que não dificulte a visão a ninguém do público.

Só se acenderá no momento em que for projetar os slides se desligará cada vez que se produza uma pausa (um projetor ligado produz um ruído molesto e sua luz resulta incômoda).

Os slides estarão perfeitamente ordenados para que o orador possa localizar facilmente aquele que precise.

Na medida em que se vão projetando se irão juntando com cuidado por se mais tarde se quiser voltar a projetar alguma delas.

c) Projeção da tela do computador

Oferece um grande potencial de comunicação.

Transmite uma imagem profissional.

Pode-se utilizar com um número indeterminado de pessoas, pois a imagem se pode projetar em diferentes monitores ou telas repartidas pela sala.

A capacidade de jogar com as formas, fundos, as cores, a animação, etc. É incrível.

Deve primar a simplicidade: projetar imagens fáceis de entender (evitar imagens cansativas).

O orador deve conhecer perfeitamente seu uso, com vistas a que durante a intervenção não encontre dificuldades e possa se concentrar no discurso.

A explicação deve desenvolver-se a uma velocidade que permita ao público seu fácil seguimento.

Com este sistema se corre o risco de ir projetando imagem trás imagem, sem que ao público lhe dê tempo de se situar.

Também se corre o risco de preparar uma intervenção profissional, mas no mesmo tempo fria e distante.