Lição 23

 


 

 

 

 

 

 

 

Fichas de apoio

Quando a pessoa fala em público, e só se limita a ler o discurso resultará muito chato (falta de espontaneidade e de improvisação).

É recomendável improvisar, embora neste caso corramos o risco de nos dar um branco (situação temida por qualquer orador).

Isto se pode evitar levando fichas de apoio.

Por uma parte se dispõe de uma guia que recolhe os pontos que a pessoa quer tratar, reduzindo ao mínimo a possibilidade de esquecer alguma coisa. Dá segurança ao orador e lhe ajuda a acalmar os nervos.

Por outra parte, lhe permite desenvolver o discurso sobre um caminho (improvisar). Isto lhe facilita introduzir novas idéias, resultar mais espontâneo.

O uso de fichas de apoio é especialmente aconselhável em intervenções de certa duração (mais de 30 minutos).

Confiar unicamente na memória implica correr um risco excessivo (ficar em branco, perder a linha argumental, esquecer de tratar alguns pontos principais, etc.).

Na preparação das fichas de apoio convêm levar em conta:

Utilizar letra grande, clara, que seja fácil de ler com uma simples olhada.

Devem ser breves, recolhendo palavras chaves, idéias básicas, etc., que sirvam de guia ao orador. Temos que evitar ficha muito pesada que dificultem uma rápida consulta.

Se escreverão por uma cara só, para não ter que lhes dar a volta (resulta mais discreto).

É conveniente utilizar papel duro, de tamanho aproximado a metade de uma folha A4 ou menor, pois são mais fáceis de usar e se amassam menos.

As fichas se disponibilizarão de maneira ordenada e irão numeradas para evitar que se desordenem e o orador não saiba qual é a que têm a continuação.

Nos ensaios devemos utilizar as fichas de apoio que usaremos adiante na intervenção (permite se familiarizar com seu uso).

Não temos que esconder as fichas de apoio, fingindo que não se utilizam.

O público entende perfeitamente que é natural que o orador utilize uma pequena guia para desenvolver seu discurso.

Iremos passando discretamente e empilhando de lado (sem precisar virar a folha)

Embora se preparem fichas de apoio para introdução e a conclusão, deveríamos procurar não ter que recorrer a elas.

São as duas partes mais importantes do discurso e é preferível desenvolver-las de memória para poder colocar toda a ênfase em sua exposição (olhar uma nota, embora seja um instante, resta espontaneidade).