Lição 25

 


 

 

 

 

 

 

 

Flexibilidade e improvisação

Nas lições anteriores se comentou a importância de ensaiar para poder levar o discurso perfeitamente preparado e não deixar nada ao acaso.

No entanto, isto não significa que o orador não possa improvisar se afastando um pouco do texto (o discurso ganha liberdade).

Podem ocorrer novas idéias, lembrar de anedotas curiosas, etc.

Pode tratar de conectar seu discurso com as idéias expostas por outro orador que já falou anteriormente.

Às vezes as coisas não saem como estavam previstas e o orador tem que ser capaz de reagir com rapidez.

Existem situações que a pessoa não pode antecipar para as quais deveria estar preparado.

Preparando material adicional pelo fato de no último momento lhe comunicam que foi ampliado o tempo de sua intervenção.

Identificando partes do discurso que poderiam apagar, para o caso que precise encurtar o tempo de sua intervenção.

Preparando anedotas, exemplos alternativos, etc., para sair do caso aonde outro orador se “adiantou” contando coisas que você estava pensando contar.

No caso que pense usar material visual de apoio (slides, computador, etc.), além de preparar o discurso pensando nestes apoios, deveria ensaiá-lo também sem nenhum tipo de apoio, por se chegado o momento o projetor não funciona ou não existe computador para usar, etc.

Em outras ocasiões, surgem imprevistos que temos que solucionar na carreira (um ataque de tosse, um soluço persistente, um copo de água que se derrama sobre as folhas, etc.).

O orador deve reagir com naturalidade, o público é compreensível e entende a situação.

Pode resultar muito útil recorrer ao sentido do humor para tirar importância ao acontecido.

O mais importante é não perder a calma e não se alterar (a irritação é contagiosa).

Pode acontecer que durante a intervenção surja um imprevisto que obrigue a interrompê-la momentaneamente (o microfone se quebra, soa um alarme, etc.).

O orador interromperá sua exposição até que as condições lhe permitam continuar.

Não deve seguir lutando contra tudo como se nada tivesse acontecido, pois levaria a que o público perca uma parte do discurso (além disso, a imagem do orador lutando contra os elementos resulta um tanto patética).

Nestas situações o orador deve reagir com naturalidade, interrompendo sua exposição, mas sem mostrar contrariedade.

Enquanto a situação se mantenha, tratemos de encher o tempo com alguns comentários, tirando importância ao acontecido, contando alguma anedota sobre alguma situação parecida que já tivesse vivido, etc.

Se não fizer, começaremos a escutar os comentários do público, então o orador irá perdendo seu papel de protagonista e com isso a atenção do público.

Se a situação se prolonga, mais do que razoável, o adequado é interromper o ato, abandonando o palanque até que as circunstancias permitam continuar.

Por último, se nos convidam a falar sem ter nada preparado pode sair da situação com espontaneidade, dirigindo umas breves palavras (saudar aos presentes, agradecer pela oportunidade de dirigir umas palavras, fazer alguns comentários sobre o tema da reunião e voltar agradecer; o público não esperará mais nada).