Público
Quando
falamos em público o primeiro que devemos procurar é
captar seu interesse e atenção, pensando em que a
comunicação resulte efetiva.
Falar
ao um público que não mostra interesse é
perca de tempo.
Se o
público assiste ao ato é porque lhe interessa, porque
espera obter algo (aprender, conhecer outros pontos de vista, passar
um tempo agradável, etc.), pelo que devemos tentar não
defraudar.
Não
devemos ver o público como o inimigo.
Temos
que preparar o discurso em função do público
que se espera que assista.
Tratando
um tema que lhe interesse (se o orador tem a opção
de poder escolher).
Utilizando
uma linguagem apropriada, compreensível; não devemos
utilizar termos que resultem estranhos (não é o
mesmo dirigir-se a universitários que a um grupo de aposentados).
Um mesmo
tema pode se abordar de maneira diferente em função
do público objetivo.
Uma
apresentação sobre o bom comportamento do desemprego
em Brasil será diferente se for realizado no Congresso
dos Deputados ou se tem lugar num meeting político (no
primeiro caso será uma apresentação mais
formal, distante e sóbria, enquanto que no segundo caso
pode ser mais informal e apaixonado).
Embora
até que comece a intervenção não saberemos
exatamente o público que assistirá, deveríamos
falar com os organizadores do ato para que nos indiquem que quantidade
de público eles acham que assistirá.
Um aspecto
que devemos levar em conta é saber se vamos tratar com um
grupo homogêneo (por exemplo, alunos da faculdade de direito)
ou não (por exemplo, o público das festas locais),
pois o discurso deverá ir dirigido para todos eles.
Não
devemos utilizar termos ou expressões que parte do público
não conheça, nem entrar nos níveis de detalhes
que uma parte do público não lhe interesse, ou simplesmente
não seja capaz de entender.
Também
devemos informar-nos do número previsto de assistentes.
Não
é o mesmo dirigir-se a 10 que a 300 pessoas. Isto influirá
na capacidade de interagir (perguntar, debater, etc.), na necessidade
ou não de utilizar um microfone, nos possíveis meios
de apoio (quadro, projetores, etc.).
Se
o público é numeroso teremos que falar mais alto
(com independência de que se utilize microfone), aspecto
que se terá em conta nos ensaios. Com poucos assistentes
o estilo pode ser mais informal, mais próximo, frente a
um estilo mais formal quando a audiência é numerosa.
Devemos
levar em conta o possível conhecimento que possa ter o público
sobre o tema que vamos abordar, pois isto determinará até
que nível poderemos aprofundar, ou qual vocabulário
mais ou menos técnico podemos utilizar.
Um aspecto
que também influirá no discurso é se o orador
já conhece o público (tendo participado em ocasiões
anteriores, trabalha na empresa, vive no mesmo povoado, etc.) pois
isto poderia lhe permitir dar ao seu discurso um toque de maior
proximidade, mais informal.
Temos
que tratar de antecipar se o público vai estar de acordo
ou não com o tema que se vai expor e no caso de que se prevejam
discrepâncias, temos que tentar conhecer as rações
das mesmas.
Na
exposição podemos fazer referência a outros
possíveis pontos de vista, tratá-los com rigorosidade
e respeito, embora indicando que não coincidimos com eles.
Também
temos que considerar as perguntas mais prováveis que o
público possa expor, o que permitirá levar preparadas
as respostas.