Lição 5

 


 

 

 

 

 

 

 

Público

Quando falamos em público o primeiro que devemos procurar é captar seu interesse e atenção, pensando em que a comunicação resulte efetiva.

Falar ao um público que não mostra interesse é perca de tempo.

Se o público assiste ao ato é porque lhe interessa, porque espera obter algo (aprender, conhecer outros pontos de vista, passar um tempo agradável, etc.), pelo que devemos tentar não defraudar.

Não devemos ver o público como o inimigo.

Temos que preparar o discurso em função do público que se espera que assista.

Tratando um tema que lhe interesse (se o orador tem a opção de poder escolher).

Utilizando uma linguagem apropriada, compreensível; não devemos utilizar termos que resultem estranhos (não é o mesmo dirigir-se a universitários que a um grupo de aposentados).

Um mesmo tema pode se abordar de maneira diferente em função do público objetivo.

Uma apresentação sobre o bom comportamento do desemprego em Brasil será diferente se for realizado no Congresso dos Deputados ou se tem lugar num meeting político (no primeiro caso será uma apresentação mais formal, distante e sóbria, enquanto que no segundo caso pode ser mais informal e apaixonado).

Embora até que comece a intervenção não saberemos exatamente o público que assistirá, deveríamos falar com os organizadores do ato para que nos indiquem que quantidade de público eles acham que assistirá.

Um aspecto que devemos levar em conta é saber se vamos tratar com um grupo homogêneo (por exemplo, alunos da faculdade de direito) ou não (por exemplo, o público das festas locais), pois o discurso deverá ir dirigido para todos eles.

Não devemos utilizar termos ou expressões que parte do público não conheça, nem entrar nos níveis de detalhes que uma parte do público não lhe interesse, ou simplesmente não seja capaz de entender.

Também devemos informar-nos do número previsto de assistentes.

Não é o mesmo dirigir-se a 10 que a 300 pessoas. Isto influirá na capacidade de interagir (perguntar, debater, etc.), na necessidade ou não de utilizar um microfone, nos possíveis meios de apoio (quadro, projetores, etc.).

Se o público é numeroso teremos que falar mais alto (com independência de que se utilize microfone), aspecto que se terá em conta nos ensaios. Com poucos assistentes o estilo pode ser mais informal, mais próximo, frente a um estilo mais formal quando a audiência é numerosa.

Devemos levar em conta o possível conhecimento que possa ter o público sobre o tema que vamos abordar, pois isto determinará até que nível poderemos aprofundar, ou qual vocabulário mais ou menos técnico podemos utilizar.

Um aspecto que também influirá no discurso é se o orador já conhece o público (tendo participado em ocasiões anteriores, trabalha na empresa, vive no mesmo povoado, etc.) pois isto poderia lhe permitir dar ao seu discurso um toque de maior proximidade, mais informal.

Temos que tratar de antecipar se o público vai estar de acordo ou não com o tema que se vai expor e no caso de que se prevejam discrepâncias, temos que tentar conhecer as rações das mesmas.

Na exposição podemos fazer referência a outros possíveis pontos de vista, tratá-los com rigorosidade e respeito, embora indicando que não coincidimos com eles.

Também temos que considerar as perguntas mais prováveis que o público possa expor, o que permitirá levar preparadas as respostas.