Lição 2ª

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

LIÇÃO 2: FORMAS DE CONSIDERAR O TEMPO (I).

Se nos referimos ao conceito do “tempo”, vemos que o mesmo é intrinsecamente relativo, umas vezes é rígido, e outras vezes é elástico, e assim deambula pela vida.

Como exemplo, podemos considerar as frases que utilizamos na vida diária: o tempo voa, o tempo para, o tempo passa, etc.
No Modern Business Reports (MBR) se apresentam as seguintes formas de considerar o tempo:
1.      O tempo como amo.
2.      O tempo como inimigo.
3.      O tempo como mistério.
4.      O tempo como escravo.
5.      O tempo como juiz.
6.      O tempo como força neutral
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Analisemos brevemente cada uma de estas formas de considerar o tempo:

1.      O tempo como amo.
Acontece quando uma pessoa lhe confere força externcurso gratis de gestao eficiente do tempo, portalcursos.coma, e assim, por exemplo, falamos “dos ditames do tempo”, lhe outorgamos pleno poder para convertê-lo em piloto e nós em simples passageiros. Outras frases que refletem este tipo de atitude são: “é só questão de tempo”, “somente o tempo o dirá”, “o tempo não espera por ninguém”.


Segundo o MBR, existem alguns comportamentos específicos típicos das pessoas que se consideram a si próprias escravas do tempo. Entre estes destaca os seguintes:

·        Abandonar a idéia de fazer algo porque é “muito tarde” ou “muito cedo” para isto, embora a pessoa queira realmente fazê-lo. Por exemplo, se privar de ir a uma festa ou a um jogo de cartas porque isso faria que a pessoa ficasse acordada além da hora que costuma a dormir; ou rejeitar um convite a uma partida de futebol vespertina  que contribuiria a relaxar as tensões do dia, porque isso requereria deixar a oficina antes do horário habitual de saída.

·        Formarem-se hábitos pessoais muito rígidos fixados ao relógio, sem levar em conta outras vantagens. Por exemplo, algumas pessoas se levantam exatamente à mesma hora todos os dias, independentemente do que tenham que fazer ou embora determinado dia prefiram ficar mais na cama. Outros almoçam habitualmente às doze da manhã embora não tenham fome nesse momento.

·        Prender-se a um horário predeterminado ainda quando não cumprimos o mesmo em parte, para fazer algo que nos dê prazer não ocasionaria uma conseqüência adversa. Um executivo que assiste a uma convenção, por exemplo, abandonou uma sessão na qual estava profundamente interessado devido a que se estendeu além do tempo destinado para a mesma, embora a sessão seguinte a qual tinha programado assistir era de menos importância para ele. Outro executivo se empenha em pegar o trem das 5:45 da manhã todos os dias, embora para isto tenha que se estressar, em vez de ficar mais tranqüilo e pegar descansadamente o trem das 5:44 ou o das 6:05.

·        Confiar no relógio mais que em outros indícios para determinar o que é o mais apropriado para fazer. Alguns executivos crêem que um período de uma hora é o lapso adequado para uma reunião de negócios, não importa qual seja o assunto que se deva tratar ou o grado de importância da discussão. Outros se sentem incômodos quando as chamadas telefônicas de longa distância passam de, por exemplo, 10 minutos, embora a ligação signifique uma poupança em dias de viagem ou uma reunião.

Este tipo de comportamento pode redundar em levar uma vida mais fácil, devido ao fato que se tem menos decisões que tomar. Ou a pessoa se libera de responsabilidades simplesmente dizendo “não depende de mim, indica o relógio”.

Mas o MBR estabelece que existem muitos inconvenientes nesta atitude com respeito ao tempo. Ao abdicar a responsabilidade das decisões que se apresentam minuto a minuto, a pessoa cria rígidas barreiras ao seu redor que servem como uma proteção contra possíveis confusões, inseguridades, incertezas e riscos; mas que também podem limitar as oportunidades no trato espontâneo entre pessoas, no aspecto pessoal e assim obstaculizar o desenvolvimento de descobrimentos maiores na profissão de cada um. Quando o tempo é o amo, os outros valores e objetivos ficam no segundo lugar.

2.      O tempo como inimigo.
O MBR estabelece que quando se vê o tempo como a um inimigo, significa que devemos preparar-nos para uma batalha. Expressamos com determinação em “lhe ganhar ao relógio”, como se pudéssemos acumular como capital os poucos minutos ou horas que se ganham. Porém, o tempo continua correndo inexoravelmente.


O MBR estabelece os seguintes comportamentos típicos das pessoas que tratam de “lhe ganhar” ao tempo.

·        Quando existe uma carreira por vencer horários e prazos, sem importar o que a atividades requeira. Por exemplo, um executivo que guia seu carro todas as manhãs ao trabalho, se diverte tratando de encontrar caminhos mais curtos para “estabelecer um recorde”. Ou um gerente que se esforça enormemente para cumprir com um prazo extremadamente curto que ele mesmo se impôs para uma atribuição de tarefas, embora a ninguém lhe importe que esse trabalho se cumpra com tal brevidade.

·        Sentir-se triunfante por chegar cedo ou vencido por chegar tarde. Neste caso a gratificação ou mortificação se relacionam somente com o propósito para o qual o tempo está destinado. Por exemplo, alguns executivos têm o hábito de se apresentar cedo nas reuniões, embora logo devam esperar até que os demais cheguem. Outros se sentem mortificados quando chegam, embora seja só uns minutos tarde a uma cita, não pelo inconveniente que causem à outra pessoa, senão porque o consideram uma batalha perdida frente ao tempo.

·        Julgar a outras pessoas pela eficiência no emprego do tempo mais que pela eficácia na realização do trabalho. Isto é algo que acontece habitualmente em nossa vida cotidiana com mais freqüência do que imaginamos. O MBR expressa que quando a luta contra o tempo adquire um valor supremo, um chefe tende, por exemplo, a valorar mais a um subordinado que obtém resultados rápidos que a outro que analisa mais profundamente até encontrar a solução mais precisa. O mesmo chefe prefere a um colega que dirige as reuniões no tempo preciso, mais que a outro cujas reuniões são mais flexíveis, independentemente dos resultados de umas e de outras.

Considerar ao tempo como um inimigo tem seus prós e contras segundo o MBR. Uma vantagem de considerar ao tempo como a um inimigo é que se estimula o espírito de concorrência, que muitos pensam que é a chave do êxito. Outro atrativo é o impulso de vencer às forças naturais, primarias, das quais o tempo é nosso contacto imediato.
 
O maior inconveniente em lutar contra o tempo é, por suposto, o inevitável do fracasso eventual. Mas, existem também conseqüências negativas imediatas. Quando a mente está quase constantemente em estado de guerra, poucas experiências, poucas relações, e até poucos logros e momentos felizes se podem apreciar em sua totalidade.

Torna-se difícil viver no presente quando nossa mente está constantemente em estado de alerta se preparando para a próxima batalha. As satisfações são passageiras e a vida perde atrativo.