Lição 12

 


 

 

 

 

 

 

 

Correr riscos

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O líder é consciente de que em ocasiões tem que assumir riscos.

Existem momentos em que temos que tomar decisões sem dispor de toda a informação que a pessoa quer. Não está absolutamente claro qual é a decisão mais acertada, mas temos que tomar uma decisão.

Neste cenário de incerteza o líder não se bloqueia e toma a decisão que estima mais oportuna, sabendo que cabe a possibilidade de não acertar.

Em outras ocasiões se apresentam oportunidades. As vezes não estão totalmente definidas, mas se sabemos aproveitá-las podem ser benéficos para a empresa.

Isto obriga em ocasiões ao líder a ter que “apostar”; embora estas decisões tenham sido analisadas a fundo, mesmo assim não deixam de correr um risco elevado.

São decisões que podem exigir inversões enormes. O líder trata de se antecipar aos concorrentes: se acertar a empresa pode obter ganhos importantes, se errar serão recursos desperdiçados.

O líder assume este risco, sabendo que pode ganhar ou perder.

O fundamental em situações deste tipo é:

Demonstrar à organização que o líder é uma pessoa de coragem que não se esconde ante o risco e que sabe dar um passo adiante quando é necessário.

Quando se correm riscos não são decisões egoístas, não se baseiam em simples intuições do líder, senão que são decisões estudadas, consultadas com sua equipe (especialmente se o risco é grande) e que se tomam porque não tomar decisão nenhuma implicaria correr um risco ainda maior (perder oportunidades, ficar por detrás dos concorrentes, ceder mercados, ficar obsoletos, etc.).

Os riscos que se correm são admissíveis: se a decisão resulta equivocada a empresa resultará prejudicada, mas poderá superá-lo, não vai sucumbir.

O que não se podem considerar (salvo em casos extremos) são decisões a cara ou coroa (ou a empresa duplica seu valor ou quebra).

Num mundo tão competitivo em mudança como o atual, não aceitar o risco é se condenar ao fracasso, pois outros competidores o farão.

É o risco de não quer correr riscos.

Não se deve temer ao fracasso. Quando se tomam decisões nem sempre se acerta; quando isto acontece o que temos que fazer é aprender com os erros para tratar de evitá-los no futuro.

Quando uma decisão adotada resulta equivocada o líder não se afunda. Analisa o que saiu mal e trata de tomar medidas para evitar que estes falhos voltem a se repetir no futuro.

O líder olha sempre para frente.

Por último, sublinhar que o líder potenciará dentro da empresa uma cultura de assumir riscos.

Se a decisão resulta equivocada, mas estava fundamentada não se sancionará ao empregado, inclusive deveríamos apoiar-lhe nestes momentos difíceis.

O que não se pode aceitar, de jeito nenhum, é que uma pessoa assuma riscos com certa ligeireza, “sem os deveres feitos”.