Lição 16

 


 

 

 

 

 

 

 

Autoridade versus persuasão

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Quando exercemos a direção de um grupo surge a pergunta se termos que basear esta na autoridade ou na persuasão.

Ambos os conceitos são importantes. O líder tem que ser uma pessoa capaz de utilizar sua autoridade e além do mais de persuadir.

Na maioria das ocasiões a liderança se deveria basear na persuasão: convencer aos subordinados de que temos que atuar dessa maneira.

As pessoas rendem mais quando estão convencidos do que fazem.

As pessoas considerarão estas decisões como algo próprio e se sentirão mais envolvidas na organização (considerarão que se as levam em conta).

O líder deve ser autêntico experto na arte de persuadir, deve ser uma pessoa realmente convincente.

Na persuasão se produz um intercâmbio de idéias: o líder expõe (vende) seus objetivos, trata de convencer, mas tem em conta a opinião de seus colaboradores.

Mas em determinadas ocasiões o líder deve utilizar sua autoridade e fazê-lo com determinação.

Se a equipe rejeita a proposta do líder, se é um grupo problemático, ante uma situação de crises, etc.

O líder deve impor sua autoridade embora seja impopular.

No entanto, o líder não deve abusar do uso de sua autoridade.

Os empregados distinguem perfeitamente quando sua utilização resulta justificada ou quando é um abuso da mesma.

Em todo o caso, o uso da autoridade deve ir paralelo a um grande respeito pelas pessoas.

O líder tem direito a exigir, a dar ordens, etc., ou que não tem direito, de jeito nenhum é abusar das pessoas, avassalá-las, humilhá-las.

Um uso injustificado da autoridade afeta muito negativamente à união entre o líder e seus empregados.

Ninguém gosta que lhe estejam mandando continuamente. Os empregados são maiores de idade e sabem em geral como se comportar.

Receber uma ordem é pouco motivador. O empregado se limitará provavelmente a cumpri-la e pouco mais (fazer o mínimo necessário para evitar o castigo).

Quando a direção de um grupo se baseia em “ordeno e mando” é ingênuo pretender que o empregado se sinta motivado, pelo que dificilmente vai dar o melhor de si mesmo.

O uso abusivo da autoridade (“porque eu digo”) cria um ambiente de tensão que afeta a integração do quadro de pessoal com a empresa.

Se o líder abusa de sua autoridade, seus subordinados farão o mesmo (mas multiplicado) com os níveis inferiores, gerando um ambiente de tensão, as vezes insuportável.

Pelo contrário, se o líder promove uma direção participativa, este modelo de gestão também se irá estendendo por todos os níveis da empresa.

Temos que rejeitar a idéia de que basear a liderança na persuasão e não na autoridade é um sinal de debilidade.

Tudo ao contrário, não existe maior mostra de autoridade que o poder recorrer a ela e não fazê-lo, renunciar voluntariamente ao emprego do poder em favor da persuasão.

A equipe capta isto rapidamente. O ambiente de trabalho melhora radicalmente, as pessoas se sentem contentes, se mostram participativas, com vontade de fazer coisas.

Temos que deixar muito claro que o dirigir mediante a persuasão não implica ser menos exigente.

Num mundo tão competitivo como o de hoje, um alto nível de exigência é essencial para que a empresa sobreviva.

No entanto, este alto nível de exigência não tem por que estar enfrentado com tratar de convencer a organização da conveniência das medidas que se adotam, nem de ter um trato cordial com os empregados baseados no respeito.

Um alto nível de exigência não implica necessariamente atuar como um tirano.

Por último, sublinhar mesmo que se procure gerar na organização um ambiente de trabalho agradável, participativo, evitando tensões inúteis, o empregado deve ter muito claro que não se admitirá de jeito nenhum o menor ato de indisciplina.

Ao empregado temos que tratá-lo como uma pessoa responsável, mas temos que lhe exigir também que se comporte com maturidade.