Lição 17

 


 

 

 

 

 

 

 

Emprego do medo

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Em primeiro lugar temos que deixar bem claro que além dos efeitos sumamente negativos que provoca na empresa uma direção baseada no medo, o chefe não tem direito nenhum em fazê-lo.

Como chefe, com o poder que o cargo lhe dá, estará capacitado para dar ordens, exigir seu cumprimento e sancionar se o empregado não cumpre com suas obrigações.

O que o cargo não lhe da é o direito de abusar das pessoas, a pressioná-las de maneira injustificada, a gerar uma tensão insuportável. Em definitiva, a não tratá-las com o respeito que se merecem.

A utilização do medo permite à empresa as vezes obter bons resultados em curto prazo, mas esta situação não possível manter-la muito tempo.

Uma pessoa atemorizada pode fazer o impossível por conseguir os objetivos marcados e evitar o castigo. Mas lhe resultará impossível manter este nível de desempenho em longo prazo: a tensão, o estresse, o temor, lhe trarão conseqüências.

Depois de um tempo nos encontraremos diante um empregado extenuado, absolutamente queimado. Uma pessoa paralisada não pode dar o melhor de si mesma.

Além de mais, se bem é certo que um empregado atemorizado fará o impossível por cumprir suas metas, também é certo que se limitará a isto e nada mais. Aquilo que possa conseguir por cima de seus objetivos o deixará com vista a contar com um “colchão” para o exercício seguinte.

O empregado “aterrorizado” jamais lhe ocorrerá ter uma atitude ativa, criativa, inovadora, de aportar novas idéias; para que?, para que a direção as utilize para estabelecer objetivos ainda mais complicados?, por acaso o ambiente de tensão favorece a colaboração?

A utilização do medo termina desintegrando as organizações.

O uso do medo que faça a direção terminará transmitindo para abaixo, afetando a todos os níveis da empresa.

Geram-se uma atmosfera que favorece a intriga, as rasteiras, os atropelos: tudo vale para sobreviver (salve-se quem puder).

A utilização do medo produz outros efeitos negativos.

Gera uma situação de enfrentamento entre direção e quadro do pessoal, esquecendo a realidade de que todos estão no mesmo barco.

Em momentos de dificuldade, quando seja necessário pedir aos empregados um grande sacrifício, estes não vão estar dispostos.

O medo também pode levar a ocultar os problemas por temor à reação do chefe. Quando por fim... poderá ser muito tarde.

Não existe lealdade para a empresa. Estas empresas são capazes de reter aos melhores empregados?

Obvio que não. Os melhores empregados serão os que tenham mais facilidade para trocar de trabalho, algo que estão desejando.

A pesar disso, as conseqüências negativas que leva uma direção baseada no medo, resulta incrível ver o estendido que está dentro das empresas este estilo de direção.

A explicação é, como dizemos antes, que este método de administração se mostra as vezes efetivo em curto prazo.

Além do mais, um estilo de direção participativo, criativo, convincente, motivador, requer umas qualidades da liderança que nem todo mundo possui, pelo contrário resulta muito fácil “pegar o chicote”.