ORIENTAçãO
CORPORAL
A orientação
do corpo se define como o grau de desvio das pernas e dos ombros
com respeito à outra pessoa. Falar cara a cara, com os corpos
frente a frente, é sinal de intimidade, ou de não
querer ser interrompidos.
A orientação
frontal, mas ligeiramente modificada para o lado, facilita a interrupção
intermitente do contato ocular. Se a orientação do
corpo se desvia bastante, pode ser sinal de frieza e de falta de
interesse em manter uma conversação. No entanto, num
contexto como uma festa, ou uma reunião, o fato de que duas
pessoas se coloquem formando um ângulo de mais de noventa
graus, é sinal de convite a outras pessoas para que se incorporem
à conversação.
Gestos/movimentos
do corpo
Um gesto
se define como uma ação breve não verbal que
realiza a pessoa (por exemplo, colocar o dedo indicador sobre os
lábios) para que seja percebido por um ou mais interlocutores,
e que tem como objetivo proporcionar algum tipo de informação
(neste caso desejamos que haja silêncio).
Os gestos
mais habituais da comunicação cotidiana se realizam
com as mãos e com o rosto. Estão muito unidos à
cultura, embora alguns deles sejam compartidos por muitos países,
seguramente não podemos falar de gestos universais.
Outro
tipo de movimentos que costumamos usar ao falar não tem um
significado concreto, e se costumam fazer de forma voluntária;
um exemplo seria brincar com nosso anel enquanto conversamos.
As palavras
e os gestos podem estar em sintonia, como no exemplo anteriormente
citado, ou podem proporcionar informação contraria.
Assim seria no caso que afirmamos que estamos tranqüilos, mas
também comemos as unhas.
Geralmente
os expertos costumam recomendar a utilização de gestos,
não excessiva, de acordo com conteúdo verbal, pois
proporciona uma expressividade maior, característica que
os interlocutores costumam valorar positivamente.
Alguns
gestos são mais fáceis de controlar que outros. Em
geral, quando falamos, prestamos mais atenção às
expressões faciais, e somos cada vez menos conscientes de
nossos movimentos conforme nos afastamos da cabeça. Isto
significa que os movimentos e posturas dessas partes afastadas,
como os pés, são os mais fiáveis na hora de
“falar-nos” do verdadeiro estado emocional de alguém.
Se ordenamos as condutas em função de sua credibilidade,
este seria o resultado (de maior a menor credibilidade).
•
Sinais involuntários, autônomos: são condutas
que custa muito controlar, como por exemplo, os tremores, ou a
tremedeira das pernas.
•
Sinais com as pernas e os pés: os movimentos de pernas
e dos pés delatam em muitas ocasiões o que verdadeiramente
sente nosso interlocutor. Creríamos que alguém nos
diga que está muito tranqüilo e esta se divertindo
conosco se não para de mover a perna de cima para baixo
sem parar?
•
Postura corporal, da qual falamos no apartado anterior.
•
Gestos com as mãos que não são conhecidos,
que não têm uma identidade como tal: mover-se o anel,
esfregar as mãos contra um tecido, brincar com um objeto
pequeno entre os dedos.
•
Gestos com as mãos identificados como tais, como subir
o polegar para cima, ou formar um círculo com o polegar
e o índice. Estes gestos são facilmente controláveis
de forma voluntária.
•
Expressões faciais, das quais falamos anteriormente. É
fácil fingir uma expressão facial de acordo com
a mensagem verbal, embora os bons observadores possam notar pequenos
sinais no rosto que desmentem a primeira impressão, como
um pequeno movimento de sobrancelhas ou lábios, por exemplo.
•
Verbalizações: o último lugar na escala de
sinceridade ocupa as palavras.