Lição 16ª

 


 

 

 

 

 

ORIENTAçãO CORPORAL

A orientação do corpo se define como o grau de desvio das pernas e dos ombros com respeito à outra pessoa. Falar cara a cara, com os corpos frente a frente, é sinal de intimidade, ou de não querer ser interrompidos.

A orientação frontal, mas ligeiramente modificada para o lado, facilita a interrupção intermitente do contato ocular. Se a orientação do corpo se desvia bastante, pode ser sinal de frieza e de falta de interesse em manter uma conversação. No entanto, num contexto como uma festa, ou uma reunião, o fato de que duas pessoas se coloquem formando um ângulo de mais de noventa graus, é sinal de convite a outras pessoas para que se incorporem à conversação.

Gestos/movimentos do corpo

Um gesto se define como uma ação breve não verbal que realiza a pessoa (por exemplo, colocar o dedo indicador sobre os lábios) para que seja percebido por um ou mais interlocutores, e que tem como objetivo proporcionar algum tipo de informação (neste caso desejamos que haja silêncio).

Os gestos mais habituais da comunicação cotidiana se realizam com as mãos e com o rosto. Estão muito unidos à cultura, embora alguns deles sejam compartidos por muitos países, seguramente não podemos falar de gestos universais.

Outro tipo de movimentos que costumamos usar ao falar não tem um significado concreto, e se costumam fazer de forma voluntária; um exemplo seria brincar com nosso anel enquanto conversamos.

As palavras e os gestos podem estar em sintonia, como no exemplo anteriormente citado, ou podem proporcionar informação contraria. Assim seria no caso que afirmamos que estamos tranqüilos, mas também comemos as unhas.

Geralmente os expertos costumam recomendar a utilização de gestos, não excessiva, de acordo com conteúdo verbal, pois proporciona uma expressividade maior, característica que os interlocutores costumam valorar positivamente.

Alguns gestos são mais fáceis de controlar que outros. Em geral, quando falamos, prestamos mais atenção às expressões faciais, e somos cada vez menos conscientes de nossos movimentos conforme nos afastamos da cabeça. Isto significa que os movimentos e posturas dessas partes afastadas, como os pés, são os mais fiáveis na hora de “falar-nos” do verdadeiro estado emocional de alguém. Se ordenamos as condutas em função de sua credibilidade, este seria o resultado (de maior a menor credibilidade).

• Sinais involuntários, autônomos: são condutas que custa muito controlar, como por exemplo, os tremores, ou a tremedeira das pernas.

• Sinais com as pernas e os pés: os movimentos de pernas e dos pés delatam em muitas ocasiões o que verdadeiramente sente nosso interlocutor. Creríamos que alguém nos diga que está muito tranqüilo e esta se divertindo conosco se não para de mover a perna de cima para baixo sem parar?

• Postura corporal, da qual falamos no apartado anterior.

• Gestos com as mãos que não são conhecidos, que não têm uma identidade como tal: mover-se o anel, esfregar as mãos contra um tecido, brincar com um objeto pequeno entre os dedos.

• Gestos com as mãos identificados como tais, como subir o polegar para cima, ou formar um círculo com o polegar e o índice. Estes gestos são facilmente controláveis de forma voluntária.

• Expressões faciais, das quais falamos anteriormente. É fácil fingir uma expressão facial de acordo com a mensagem verbal, embora os bons observadores possam notar pequenos sinais no rosto que desmentem a primeira impressão, como um pequeno movimento de sobrancelhas ou lábios, por exemplo.

• Verbalizações: o último lugar na escala de sinceridade ocupa as palavras.