Lição 18ª

 


 

 

 

 

 

 

GESTOS COM A CABEçA

Os movimentos da cabeça, como outros, variam em função da cultura. Talvez a exceção seja o gesto de afirmação e de negação, que aparecem inclusive em pessoas cegas de nascimento. O sinal de afirmação costuma ser utilizado para afirmar, como uma demonstração de escuta ativa, quer dizer, de que se esta escutando com interesse à outra pessoa. Mas a utilização excessiva pode dar sensação ao outro de que quer terminar a conversação rapidamente.

Durante uma conversação, a cabeça deve mover-se acompanhando exclusivamente o olhar, de uma maneira discreta e suave, para evitar distrações e dar sensação de incomodidade.

Distância interpessoal

O espaço pessoal é o espaço cuja invasão nos provoca mal-estar. Por isso, tratamos de manter uma distância mínima com os demais, a distância interpessoal. Sem dúvidas que as pessoas precisamos um espaço ao nosso redor para sentir-nos bem, que mudará em função da situação, de nosso estado de ânimo, da cultura de procedência, do tipo de pessoas que nos rodeiam… Cada situação implica uma distância mínima cuja se é mais curta nos faz sentir incômodos e que tratamos de defender de diversas maneiras.

Por tanto, é desejável que nos demos conta dos sinais verbais ou não verbais que nos mandam os demais quando vulneramos seu espaço pessoal.

Quando as pessoas precisam maior autonomia, de se proteger da comunicação, assim como liberar-se emocionalmente, podem optar por se retirar dos demais e assim incrementar sua distância interpessoal.

Já temos mencionado que as diferenças culturais em o que se refere ao espaço pessoal são bastante variadas. Os árabes precisam em geral menos espaço pessoal que os latinos, e estes menos que os ingleses e os estadunidenses. Também se tem diferenças de gênero: as mulheres, em geral, se aproximam mais aos demais que os homens; e também acontece o contrario, as pessoas se acercam mais as mulheres que aos homens. É possível que estas diferenças também se devam à cultura, aos diferentes papeis que se atribuem a cada gênero.

Apesar da grande variedade na delimitação do espaço pessoal, os expertos costumam dividir o espaço em quatro áreas com respeito a uma pessoa:

• Área íntima (15 - 45 cm): esta área é a que as pessoas cuidam com maior persistência, como uma propriedade privada. É o espaço ao que podem aceder as pessoas com as que temos uma relação pessoal muito íntima e de afetividade. O contato corporal é fácil, o tom de voz se pode baixar sem nenhum problema para seguir sendo audível, e nos chegam outras sensações como o cheiro ou o calor que desprende da pessoa. Contudo, a visão completa do interlocutor se dificulta devido à proximidade.

• Área pessoal (46 cm – 1,20 m): é a distância que se mantêm em relações próximas, embora não íntimas (companheiros de trabalho, reuniões sociais, festas…) É uma distância na que também é fácil o contato corporal, mas se vê melhor ao interlocutor, perdendo influência outros sentidos.

Área social (1,21 m – 3,6 m): esta distância é a que costumamos manter quando nos relacionamos com pessoas que não conhecemos, estranhos; em resumo, a que usamos em relações impessoais. Costuma requerer um maior tom de voz.

Área pública (mais de 3,6 m): este espaço se estende até o limite do visível e o audível. É o das ocasiões públicas e dos atos formais.