Lição 8ª

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

DEFINIçãO DE HABILIDADES SOCIAIS

Para definir o que é a conduta socialmente habilidosa, podemos nos basear em:

• Conteúdo: O que é o que se expressa? Sentimentos, desejos, necessidades, queixas…

• Conseqüências: O que é que se consegue graças à conduta socialmente habilidosa?

As numerosas definições que foram contribuindo os distintos peritos trataram de delimitar os conteúdos, as conseqüências, ou bem ambos os aspetos da conduta socialmente habilidosa.

Algumas destas definições são:

• Rimm, 1974: “Conduta interpessoal que implica a honesta e relativamente direta expressão dos sentimentos”

• Alberti e Emmons, 1978: “ Conduta que permite a uma pessoa atuar segundo seus interesses mais importantes, defender-se sem ansiedade inapropriada, expressar comodamente sentimentos honestos o exercer os direitos pessoais sem negar os direitos dos demais”

• Kelly, 1982: “Conjunto de condutas identificáveis e aprendidas que utilizam os indivíduos nas situações interpessoais para obter ou manter o reforço de seu ambiente”

A experiência nos diz que a conduta socialmente habilidosa deve definir-se tanto por os objetivos ou fins que persegue, como por as conseqüências da mesma. O veremos mais claro com um exemplo:

“Marta quer que seu companheiro de escritório mantenha mais ordenado o móvel que comparte com ele, porque já aconteceu varias vezes que não encontrou os documentos com facilidade ou os materiais de oficina que estava precisando. Está preocupada com a forma de como dizer, porque não quer que ele se chateie. Por isso é importante que seu companheiro aceda a sua petição, mas também deve procurar que a relação continue sendo boa porque tem que trabalhar juntos muitas horas por dia”

Esta situação da vida cotidiana mostra o importante que deve ser lograr nossos objetivos, mas também que encontremos um bom clima em nossas relações sociais.

Portanto, uma boa definição de habilidades sociais seria aquela que contempla ambos os aspectos. Desta maneira, tentam resumir assim os seguintes autores:

Phillips, 1978: “Grau em que uma pessoa pode-se comunicar com os demais de maneira que satisfaça os próprios direitos, necessidades, prazeres ou obrigações até um grau razoável sem fazer dano aos direitos, necessidades, prazeres ou obrigações similares da outra pessoa e os comparta com os demais num intercâmbio livre e aberto”

Caballo, 1986: “Conjunto de condutas emitidas por um indivíduo num contexto interpessoal que expressa os sentimentos, atitudes, desejos, opiniões ou direitos desse indivíduo de um modo adequado à situação, respeitando essas condutas em os demais, e que geralmente resolve os problemas imediatos da situação, por enquanto minimiza a probabilidade de futuros problemas”.