Algumas obrigações incorporam vantagens fiscais (bonificações). Estas bonificações fiscais funcionam da seguinte maneira:
A retenção fiscal aplicada pela cobrança de juros (25% na Espanha) reduz-se em grande medida (somente é aplicado 1,25 %).
Porém, quando o obrigacionista faz sua declaração de juros, considera-se como se lhe tivesse retido o 25% habitual.
Chamamos de rentabilidade financeira-fiscal à rentabilidade que teria que oferecer uma obrigação de características similares, mas sem bonificação fiscal, para que o investidor obtenha a mesma rentabilidade efetiva.
Neste tipo de obrigações bonificadas, o investidor tem duas fontes de benefícios:
Esta poupança impositiva acontece aproximadamente um ano após a cobrança dos juros, pois a declaração de juros é realizada no ano seguinte (na Espanha),
Para calcular a rentabilidade efetiva deste tipo de obrigações, aplicamos a equação de equivalência financeira:
Pc preço de aquisição da obrigação
rb : taxa de retenção bonificada aplicada
I : montante dos juros periódicos que se percebem
Ao : valor atual de uma renda pós-pagável
t : taxa impositiva do obrigacionista
r0 : taxa normal de retenção (25% en España)
d/ Ao : valor atual de uma renda pós-pagável diferida um período
C : montante de amortização da obrigação
ie : taxa de rentabilidade efetiva
A variável que tem de ser calculada e que da solução a esta equação é "i e ", que é a rentabilidade efetiva que obtém o investidor na operação.
O termo (1 - rb ) * I * A o determina o valor atual dos juros recebidos, deduzida a retenção efetuada.
O termo (t - ro ) * I * d/ Ao determina o valor atual dos juros que tem que pagar o obrigacionista pelos juros recebidos. Calcula-se multiplicando o montante dos juros pela diferença entre sua taxa impositiva (t) menos a retenção estabelecida (ro = 25%). Esta serie está diferida 1 ano, pois a declaração de juros é realizada no ano seguinte.
C * (1 + ie ) ^-n determina o valor atual do montante percebido na amortização do título.
Após calcular a rentabilidade efetiva "i e " da obrigação bonificada, calculamos sua rentabilidade financeira-fiscal com a seguinte equação.
Calcula-se a rentabilidade nominal que teria que oferecer uma obrigação das mesmas características, sem vantagem fiscal, para que o investidor obtenha a mesma rentabilidade efetiva que no caso da obrigação subordinada.
Na equação anterior aplicamos a mesma "ie " que tinha sido obtida na obrigação bonificada. Nesta equação, a variável a ser isolada é I (ou seja, os juros que teria que perceber para obter a rentabilidade efetiva "ie ")