Lição 9ª

 


 

 

 

 

 

 

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11- A UTILIZAÇÃO DO JOGO NAS ATIVIDADES DE GRUPO

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No funcionamento diário de um grupo é muito importante a realização de jogos. Estes podem ter ou não fins concretos, mas nos centramos neste momento no jogo como ferramenta para o grupo, como antes temos falado das dinâmicas.

Um bom momento para realizar um jogo é ao iniciar a atividade do dia (por exemplo, uma dinâmica de grupo), pois serve para concentrar ao grupo e ir entrando em situação. Desta maneira já estamos realizando um trabalho em comum, que facilitará a motivação de todos para continuar a atividade. Além do mais, servirá para se divertir e se relaxar entre atividades, o jogo tem a função de reflexo de situações reais, que poderíamos utilizar durante a atividade.

Mas o encarregado de realizar o jogo deve levar em conta uma série de fatores que o condicionam, como o número de participantes, suas respectivas idades e capacidade de entendimento, sua segurança, as condições climáticas, o lugar e materiais disponíveis assim como os jogos anteriores que tenha realizado o grupo, o que lhe permitirá um nível mais alto ou mais baixo.

Também deve ser criativo (o que desenvolverão também os membros do grupo) para não repetir os jogos ao longo de varias sessões, para, desta forma, manter a atenção e intensidade de todos os membros. Duas últimas considerações: 1) adequado uso de jogos cooperativos, assim os perdedores não se sintam de lado, e 2) atenção à finalização do jogo para não estendê-lo muito e assim manter o interesse para a próxima ocasião.

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12- DINÂMICAS E JOGOS DE APRESENTAÇÃO

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Por muito lógico que pareça, esta série de atividades são úteis quando se está formando um novo grupo ou bem quando um novo membro dá os primeiros passos para se incorporar ao mesmo. Em um caso ou outro a incerteza ocupa grande parte da mente do novo membro. Em ambos os casos as dúvidas são muito importantes, mas me atreveria a dizer que ainda o são mais no caso da incorporação a um grupo já formado e que funciona baseando-se em suas próprias normas e costumes. Estas dúvidas podemos resumi-las nos seguintes aspetos:

- O que é isto? Aonde me meteram? A pessoa está cheia de dúvidas e quer conhecer, tem ânsia por saber. Talvez somente saiba o que lhe contaram sobre o grupo, mas tudo isto o vai comprovar sendo um membro mais do mesmo. Vai prestar muita atenção a cada movimento, a cada gesto. Não sabe como vai desenvolver esta nova experiência, porque não tem muito claro a composição do grupo, nem sua forma de funcionar, nem de se comportar, etc. Vai prestar especial atenção ao que faça/diga o coordenador do grupo, que tem o papel de ajudar ao novo membro em seus primeiros passos para que se vá adentrando na dinâmica do grupo.

- Como são meus companheiros? O novo membro mantém a ânsia por conhecer. Está desenvolvendo uma nova experiência na que o fator tempo será importante para lograr os frutos desejados. Por isto, está desejoso de conhecer aos companheiros com os que compartirá esta experiência. Neste caso, o coordenador facilitará o conhecimento dos nomes do resto do grupo assim como as relações, para o que poderiam levar-se a cabo tarefas por equipes, de forma que se facilite a integração no grupo. O novo membro terá os olhos bem abertos para ter uma primeira impressão de seus companheiros, mas sem tirar conclusões, pois será no trabalho e na realização de atividades conjuntas onde conhecerá realmente a cada um de seus companheiros.

- E eu? Como me comporto? Como me vêm eles? Esta é uma questão de confiança em nós mesmos, que sem dúvidas, geralmente, gera dúvidas nessa pessoa quando se adentra numa nova experiência, neste caso, num novo grupo com pessoas desconhecidas. Aumentam as dúvidas porque não sabe se deve atuar ou se comportar como realmente é. Não sabe como será a primeira impressão que dará ao resto de companheiros, nem se lhe integrarão no grupo ou bem lhe rejeitarão por ser novo, etc. Não sabe tão pouco se poderá superar sua própria timidez ante esta situação. De todos estes aspetos deve estar muito atento o coordenador do grupo, para fazê-lo sentir o mais cômodo possível ante o primeiro contato. Duas contribuições que quero marcar em minha opinião: que a pessoa se comporte como realmente é, mostrando-se ao resto de companheiros, o que lhe facilitará sua integração no grupo; e uma segunda, dirigida ao coordenador: que comente sua própria experiência da primeira vez que passou por alguma situação similar, de forma que o novo membro tenha nele um espelho que lhe sirva de referência em suas atuações.

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